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Hospital Erastinho será inaugurado em 01 de setembro - 26/08/2020

Cerimônia que vai apresentar a estrutura do primeiro hospital oncopediátrico do Sul do Brasil será realizada por meio de transmissão ao vivo       


Depois de um ano e meio de obras e de uma série de campanhas de intenso engajamento da sociedade para a construção, o martelo final foi batido: o Erastinho já tem data de inauguração. Será no próximo dia 1º de setembro.  Idealizado pelo Hospital Erasto Gaertner, o primeiro hospital oncopediátrico do Sul do Brasil vai atender exclusivamente crianças e adolescentes com câncer, oferecendo toda a estrutura necessária para prestar os melhores serviços em 4.800 metros quadrados, num ambiente moderno e humanizado, com tratamento especializado e multiprofissional.

Para a inauguração, a organização optou por uma transmissão ao vivo nos canais do Hospital Erastinho e Hospital Erasto Gaertner. Assim, toda a sociedade poderá marcar a sua presença virtual e sentir-se presente mesmo em tempos de pandemia. É mais uma medida de segurança adotada pela direção para evitar o contágio do novo coronavírus.

“É uma grande felicidade para toda a família Erastiana. Ver esse projeto, que abracei como uma meta pessoal, concretizado, traz muita emoção. Foram diversas pessoas envolvidas, gente de todo o Brasil. Tudo pelo Erastinho. E por essas pessoas, que não poderão acompanhar de perto a inauguração, por conta das medidas de segurança que a pandemia nos impõe, faremos uma transmissão ao vivo de alta qualidade, porque quero que todos se sintam aqui conosco”, diz Adriano Lago, superintendente do Hospital Erasto Gaertner

A capacidade anual da nova unidade será de até 17 mil consultas, 500 cirurgias e mais de 85 mil procedimentos. O complexo terá 43 leitos de internamento privativos e semiprivativos, recepção, lobby, atendimento ambulatorial, hospital-dia, centro cirúrgico e alas de internação (clínica, cirúrgica, TMO e UTI)

Crianças e adolescentes que hoje são atendidos na Ala Pediátrica do Hospital Erasto Gaertner passarão a ter, com a abertura, um espaço exclusivo, evitando totalmente o contato com pacientes adultos, que muitas vezes sofrem, como consequência do tratamento, alterações corporais de impacto negativo.

“No Paraná esperamos registrar 600 novos casos de câncer em crianças e adolescentes por ano. Com o Erastinho, estaremos preparados para atender pelo menos 50% desse número de pacientes que serão diagnosticados. Com certeza o Erastinho está vindo para contribuir, e muito, com a melhoria do atendimento e do tratamento de crianças e adolescentes no nosso estado”, afirma Mara Albonei Pianovski, diretora do Hospital Erastinho e atual chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Erasto Gaertner.

Mobilização que fez a diferença

O Erastinho é resultado de muito afinco, mobilização e dedicação. O projeto foi lançado em 2015 e contou com o apoio massivo da sociedade civil e de parceria entre os diferentes Poderes.

O projeto completo, e finalizado, custou R$ 30 milhões. Deste valor, R$ 22 milhões foram investidos na construção do Hospital através um convênio firmado com o Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná (SESA), que destinou, ao todo, cerca de R$ 11 milhões. O restante do valor necessário para a conclusão da obra foi captado pelo Hospital Erasto Gaertner junto à sociedade civil através de eventos, projetos e doações espontâneas.

Para mobiliar e equipar o Hospital Erastinho, a participação do poder público, novamente, fez a diferença: foram R$ 8 milhões destinados pela SESA, sob a liderança do Secretário Beto Preto, juntamente com a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná (Alep). Com o apoio dos deputados Ademar Luiz Traiano, Alexandre Khury, Luiz Cláudio Romanelli, Homero Marchese, Fernando Francischini, Subtenente Everton e Rubens Recalcatti foi possível garantir o investimento necessário para a fase final do projeto. No âmbito federal, a instituição contou com a colaboração dos deputados Ney Leprevost, Pedro Lupion e Leandre Dal Ponte.

Hospital sustentável

A cada intervenção, a obra do Erastinho respeitou os parâmetros internacionais de sustentabilidade e de promoção da saúde, dentro do conceito Green Hospital. Construído pela RAC Engenharia, empresa vencedora da licitação pública, o hospital desponta como a primeira instituição brasileira a conquistar, simultaneamente, as certificações LEED for Healthcare e WELL Building Certification.

São os selos que atestam o menor impacto ambiental nos serviços e a possibilidade de otimizar recursos na operação do edifício, visando a práticas sustentáveis. “Os padrões por trás do WELL foram o resultado de sete anos de pesquisa envolvendo cientistas, médicos e arquitetos”, pontua Ricardo Luiz Cansian, presidente da RAC.

Projetado pelas arquitetas Jodeli Florenço, da Redora Arquitetura e Adriana Sarneli, da Sarnelli Arquitetura e Consultoria, o Erastinho teve como pilares do partido arquitetônico adotado, uma volumetria dinâmica e um paisagismo orgânico. “Isso expressa o caráter lúdico do projeto e um espaço acolhedor, o que transforma a ida ao hospital em um momento associado ao alívio da ansiedade e da dor,” explica Sarneli.

As chancelas poderão alçar o Hospital Erastinho à condição de único oncopediátrico do país a contar com a inédita dupla certificação internacional, um lastro de excelência no uso das edificações para a promoção da saúde e da redução de impacto no meio ambiente.

“A partir do momento que se faz um diagnóstico de câncer, são muitas as variáveis que têm de ser contempladas. Não é simplesmente tirar sangue, fazer uma quimioterapia, dar um comprimido, fazer uma cirurgia. Existe uma desestruturação emocional e social. Então, um ambiente como este, do Erastinho, vai permitir que essas crianças encontrem conforto, tranquilidade e paz para enfrentar todos os desafios do tratamento. Uma estrutura como essa prima pelo amor à vida, para onde a gente olha, a gente vê sinal de alegria, de vida, de natureza. Obviamente, ser tratado em um ambiente como esse vai fazer com que o resultado seja melhor, as energias poderão ser canalizadas para o tratamento. E isso integra a família toda,  todo o grupo de colaboradores, a equipe multiprofissional. É benefício para todo mundo”, conclui Mara Albonei.